Sabia que o vinho nasceu antes da escrita?
A mãe-uva vem ao mundo amparada em arames. Há-de descer das treliças para ser espezinhada, abençoada tortura porque é dela que nasce o vinho. Na pisa, os calcanhares não são de Aquiles, digamos antes que de Dioniso, trono aposto nos lagares mais que nas prensas, a névoa da fermentação escondendo por instantes o Olimpo reservado aos eleitos, os amantes do Vinho.
Sabia que o vinho nasceu antes da escrita? Que pode não ter sido um filho desejado, parido por acidente, bago de uva caído na terra, metamorfoseando-se por mor da fermentação?
Depois… deu-nos a festa, causou guerras, selou a paz. Dá outro sabor às vitórias desportivas, a demais conquistas; tira acidez a duras reuniões de negócios, consolida amizades; é leve quando quer, vai à madeira ganhar músculo quando o gosto assim o exige, adoça-nos generosamente o palato…
Não vamos mentir. Tem palavras agrestes agarradas à sua gestação: desengace, esmagamento, prensagem, algumas mais…
Mas tem, sobretudo, tem sempre uma história para contar. Porque beber um copo é descobrir uma história. Com a magia que inculca as histórias de amor, o carácter das vitórias suadas, o frescor de uma bela amizade, o aroma da sorte.
Que dizer, por exemplo, da ajuda que o vinho nos dá quando decidimos percorrer os socalcos de uma vida prenhe de lembranças? Boas e más, claro! O vinho tem o especial condão de adocicar as más, amansá-las, diluindo-as nas boas, garridando o nosso álbum de memórias com mil e um confettis.
Aceite o nosso convite. Venha connosco vaguear por tintos, brancos, rosés, espumantes e champanhe; meta o GPS no bolso e deixe-se guiar pelos rótulos que representam as diferentes regiões de Portugal, de Espanha e de França; desprenda-se, por momentos, do quotidiano asfixiante com a ajuda das melhores castas que aqui lhe sugerimos.
Descubra Vinhos
Adicionar comentário